quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Nova via no contra-forte do Pico dos Quatro (Vazador de Cervas - 4º VIIb E2 A0 210m)!

Pedro Bugim e Alexis Robalinho. Participou também da conquista André Linhares.

Fala pessoal,

Uma nova via foi aberta no contra-forte do Pico dos Quatro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
A via que foi batizada de "Vazador de Cervas", recebeu graduação de 4º VIIb E2 A0 e possui 210 metros de extensão, aproximadamente.


Na conquista!



Pedro Bugim reforçando um lance outrora exposto.

Palavra do Pedro Bugim sobre a conquista; extraída da lista da FEMERJ:

"O Vazador de Cervas" (4º VIIb A0 E2 D2 - 210m) foi doada ao CEB, clube que cedeu os grampos para a conquista. Inicia em lances tranquilos, evoluindo em sua terceira enfiada, para lances bem verticais, de micro-agarras, aderência e bastante calma (rs...). A quarta enfiada volta a ficar tranquila. A quinta e última enfiada começa simplória, culminando em uma aderência bem delicada. O último lance (último metro mesmo!) não conseguimos fazer em livre completamente (mesmo porque estava um calor do inferno e resolvemos deixar a MEPA para outro dia), tendo um pequeno ponto de apoio no penúltimo grampo, para acessar o platô final. A via mantém sempre uma grampeação "justa" nos lances fáceis e menos espaçada nos lances complexos, com proteções duplas nas paradas.


Corda simples para o rapel, podendo ser de 50m. Atenção apenas na quarta enfiada, na hora de subir, que tem 55m de extensão... com uma corda de 50, é possível parar um grampo abaixo da parada.

Esta parede já conta com opções bem interessantes, possuindo um acesso muito tranquilo. Para acessar as bases, deixar o carro no estacionamento da Rua Sorimã (como quem vai para a Pedra da Gávea) e voltar uns 50 metros na estrada... tem uma grande bloco de pedra na lateral, com uma pichação azul. A trilha fica na frente deste bloco e segue sempre muito bem definida, costeando a parede, se distanciando em alguns pontos, mas basicamente, costeando, tal qual na Babilônia (Urca). A mesma termina na extremidade direita da parede, onde atualmente funciona um arvorísmo.


O acesso à primeira via da parede (extrema esquerda) dura apenas 5 minutos. Para acessar a base do "Vazador", em média, 20 minutos apenas. Para a última via (extrema direita), estima-se de 35 a 40 minutos.


Croqui da via - clique na imagem para ampliar.



Atual situação do contra-forte do Pico dos Quatro. Clique na imagem para ampliar.


Imagens por Pedro Bugim.


É isso aí! Boas escaladas!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CAP faz compilação de filmes de montanha (alguns livres) na internet!



Fala pessoal,

Não poderia deixar passar em branco a compilação de filmes de montanha que está disponível no blog do Clube Alpino Paulista. Existem trailers e filmes completos a disposição dos apaixonados por montanha. Lá podem ser vistos diretamente ou carregados para download em um link abaixo de cada vídeo!

O link: http://blog.cap.com.br/2010/12/10/filmes-sobre-montanhismo/

Show de bola a iniciativa!

Abraços!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dica de site para as escaladas patagônicas!




Fala pessoal,

Depois de entrar nesse site, que me foi passado pelo meu amigão Tacio Philip, resolvi dar uma checada e fiquei impressionado pela quantidade de fotos e informações nele contido a respeito das escaladas patagônicas.

Se não fosse só isso, o organizador do site é o grande escalador argentino Rolando Garibotti, uma lenda viva da patagônia.

Mesmo pra quem não sonha em escalar por lá vale uma visita pelas belas imagens!

Abraços.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Criação do Monumento Natural da Pedra do Baú.

 O conjunto da Pedra do Baú. São Bento do Sapucaí/SP.

Repassando,


Pessoal,

Na próxima segunda-feira, dia 27 de dezembro, às 10 horas, será realizada cerimônia de criação do Monumento Natural Estadual da Pedra do Baú, na Prefeitura Municipal de São Bento do Sapucaí, no estado de São Paulo.

Este é um ato de preservação há muito esperado que visa conservar os remanescentes de floresta montana associados à Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira. A área, que terá pouco mais de 3 mil hectares, vai preservar as matas de araucárias e os campos de altitude. A criação deste Monumento Natural é um esforço conjunto da prefeitura Municipal de São bento do Sapucaí e do Governo do Estado de São Paulo que deverão também partilhar responsabilidades na gestão da área.

Para os montanhistas e todos os amantes das montanhas, a criação desta unidade de conservação também representa a preservação de um aspecto muito especial da paisagem da Serra da Mantiqueira: o Complexo do Baú - Pedra do Baú, Bauzinho e Ana Chata - conjunto de montanhas rochosas que está entre os principais points de escalada da região sudeste do Brasil.

A cerimônia é pública e todos estão convidados.

Solicita-se ampla divulgação.

Forte abraço e Feliz Natal

Milton Dines


sábado, 11 de dezembro de 2010

Colin Haley faz a primeira ascensão do Cerro Standhardt em solitário.

 Colin Haley na via "Exocet".

O norte-americano Colin Haley fez a primeira ascensão em solitário do Cerro Standhardt, no maciço do Cerro Torre, na patagônia. Tal ascensão foi feita pela via "Exocet" (500 m, 5.9, WI5) e trata-se da primeira ascensão em solitário do Cerro Standhardt.

Para ler a notícia na íntegra acesse: http://www.desnivel.com/object.php?o=20870

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Stefan Glowacz e Holger Huber estabelecem nova via no Monte Roraima!

 Glowacz e Holger.

Os alemães Stefan Glowacz e Holger Huber estabeleceram uma nova rota de escalada em livre no Monte Roraima, em sua porção venezuelana. A nova via, que foi batizada de "Behind the Rainbow", possui 16 enfiadas, sendo que a graduação chega a atingir o 8b na escala francesa (em torno de 10b, brasileiro).

Para ler a notícia na íntegra, basta acessar o site da desnível.

Fonte: http://www.desnivel.com/object.php?o=20857

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Confraternização da FEMESP!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fazendo a travessia da Serra Fina (em 15 horas e 49 minutos).

 Travessia da Serra Fina.

Fala pessoal,

Depois de algum tempo sem fazer caminhadas, acabei recebendo o convite da minha amiga Bia Boucinhas, para que tentássemos realizar as travessias de Marins-Itaguaré no dia 27 de novembro seguindo para a travessia da Serra Fina no dia seguinte (dia 28 de novembro).

Topei instantaneamente, mas por conta do meu trabalho, e pela desistência de outro amigo que faria as trilhas conosco, resolvemos eliminar a travessia Marins-Itaguaré (que eu já havia feito anteriormente) e ficar somente com a novidade da travessia da Serra Fina no domingo.

Saí do serviço sábado de manhã e conforme combinado, passei na casa da Bia por volta das 16h para pegá-la e seguirmos para o abrigo de montanha do Miltão, nas proximidades do Pico dos Marins. Dormiríamos ali e conforme combinado com o Miltão, ele nos levaria até a Toca do Lobo e nos pegaria depois no sítio Pierre. Nossa meta era realizar a travessia em 15 horas.

Levantamos às duas horas da manhã do domingo, comemos algo, nos hidratamos, preparamos tudo e saímos do Miltão sentido Toca do Bolo. Como nem eu, nem a Bia, tampouco o Miltão sabíamos onde era a Toca do Lobo tivemos que usar o waypoint do GPS para achar, além de ir perguntando pro pessoal, até achar a estrada de terra, que possui diversas pequenas placas indicando o acesso para o início da travessia.

Iniciamos a travessia às 04 horas e 53 minutos, ainda de noite, sendo que quando eram 07h00 pontualmente estávamos chegando no cume do "Alto Capim Amarelo". Descansamos um pouco (adotamos a estratégia de descansar 5 minutos a cada 1 hora de caminhada) e continuamos seguindo, passando pelo acesso ao Pico do Tartarugão, onde pegamos agua, e seguimos direto ao topo da Pedra da Mina, atingido após 06 horas e 32 minutos de caminhada. Assinamos o livro de cume e continuamos a travessia.

No cume do "Alto Capim Amarelo".

Pegando agua na saída pro Pico do Tartarugão.

Bia assinando o livro de cume, na Pedra da Mina.

Neste ponto tivemos nosso primeiro contra-tempo. Continuamos seguindo pelo "track" do gps sem perceber que ela levava para o "Paiolinho" sendo que após descermos pela face errada a Pedra da Mina e percebemos o erro, tivemos que parar e decidir se subiríamos de novo a Pedra da Mina ou tentaríamos varar o mato sentido à trilha que queríamos.

Como já havíamos descido toda a Pedra da Mina, entendemos que seria muito cansativo e delongado subí-la de novo para depois descê-la e assim deicidimos seguir mato adentro até que conseguíssemos interceptar um dos waypoints que fosse de nosso interesse, no caso o acampamento 16. Continuamos seguindo então, atravessando o capinzal até chegar a um bonito rio que segue à esquerda da trilha (que vontade de mergulhar, pois tava muito quente).

Em certo ponto, se descola do rio e segue subindo uma pequena montanha e na sequência pequenos morros, sempre numa cresta, que têm seu auge no Cupim do Boi. Dali pode-se seguir rumo a Cabeça de Touro (não fizemos) ou continuar a travessia rumo ao Pico Três Estados. Vale a pena dizer que a segunda parte da travessia, depois que se desce da Pedra da Mina até o final, a trilha é bastante ruim, com trechos de mata fechada, com bambus chatos e capins que a todo momento cobrem a trilha, dificultando a orientação.

Continuamos a travessia rumo ao Pico Três Estados e logo estávamos em seu cume. Já cansados e quase sem água, já que depois que sai de perto do rio não existe praticamente mais ponto pra agua, descemos e depois subimos alguns cumes rumo ao Alto dos Ivos (atingido com 14 horas e 20 minutos de travessia) para então depois seguir pela cresta de descida rumo ao último acampamento e aos trechos de cerca que estavam marcados no GPS.

Depois de atingirmos os ultimos trechos de cerca a trilha melhora bastante sendo que logo então estávamos atingindo o último waypoint da travessia e o mais esperado: "Fim da trilha".

Cume da Pedra da Mina.

Cupim de Boi (à esquerda) e Cabeça de Touro (dir).

Contra-forte da Pedra da Mina.

Ela termina em uma estrada abandonada e em fase de recuperação por parde da natureza, sendo que atingimos a estrada após 15 horas e 49 minutos de travessia, quando então fechamos o cronômetro, às 20h42.

Ali tivemos nosso maior contra-tempo. Como tínhamos a informação que dali até a fazenda ecológica era uma estrada começamos a descer pela esquerda, mas depois de algum tempo de descida começamos a ver que a estrada havia sido engolida parcialmente pelo mato e começamos a duvidar se aquele era o caminho certo. No GPS, não havia o track, somente alguns waypoints e a mata fechada em cima da gente, dificultava o uso. Por fim, a noite e o cansaço atrapalhava nossa mente.

Acabamos achando que tínhamos seguido a estrada para o lado errado e decidimos voltar tudo e seguir no sentido oposto o que fez com que acabássemos nos perdendo no mais óbvio!!! Depois de terminada a trilha!! Ficamos muito tempo pensando e pensando e nada. Por sorte, conseguimos achar um pequeno arroio, onde pudemos pegar agua e nos hidratar. Comemos algo, tomamos agua e com muita dificuldade encontramos a trilha de volta da travessia, na qual voltamos até um ponto que conseguímos reconhecer.

Dali voltamos a baixar e após muitas lucubrações acabamos decidindo pegar de novo a estrada e descer, arriscando que fosse o lugar certo. Por sorte era. Para se ter uma idéia de quanto tempo perdemos aqui, ficamos das 20h42 até às 00h35 tentando achar a descida até que resolvemos arriscar uma nova descida pela estrada.

Chegamos rapidamente no carro, sendo que quando era 02h00 da manhã já estávamos no carro descendo rumo a Passa Quatro. Após o contra-tempo o Miltão nos levou até o Graal de Três Garças, onde ele ficou e nós seguimos de volta pra sampa, após comermos algo.

Eu a Bia com o Alto dos Ivos logo atrás, antes de subirmos.

Alto dos Ivos visto da cresta de descida.

Deixei a Bia na casa dela e toquei pra casa onde tomei um banho, peguei minhas coisas e fui direto pro trabalho, chegando em cima da hora. Acho que não precisa nem dizer como foi o dia. hehehe.

É isso aí. Foi uma bela travessia, feita em um tempo que achamos muito bom. Considerando que perdemos tempo varando mato e tentando localizar algumas vezes a trilha (algo normal, já que nem eu e a Bia havíamos feito a travessia anteriormente), creio que teríamos condições de fazer a travessia em 2-3 horas mais rapido da próxima vez. O problema é que eu não pretendo voltar lá tão cedo! ehehehe. Abaixo segue o vídeo da travessia.


Um forte abraço!!

domingo, 21 de novembro de 2010

Escaladas em São Bento!


Fala pessoal,

Estou chegando de viagem agora mesmo, onde após sair pra São Bento no sábado, acabei me encontrando por lá com a Bia Boucinhas, o Beto Vilela e com o Leandro Pereira para algumas escaladas!

Como consegui chegar somente na parte da tarde, a Bia, o Leandro e o Beto Vilela já estavam terminando a via Galba Athaíde no Bauzinho, que por sorte calhou por terminar antes de um temporal que pegamos na descida pra São Bento!

Fomos pra pousada da Tia Cida, onde nos acomodamos e fomos jantar no Sabor da Serra. No outro dia, como nossa intenção era escalar usando nossos amiguinhos móveis, seguimos para o col do Baú com a intenção de escalar desde a base do Baú e subir por uma via, e depois emendar na Gregos e Troianos.



Como não conseguimos, por desconhecimento mesmo, descer até a base do col, fizemos a subida pela via "Escória" (4º VI), que possui 3 enfiadas que juntas têm uma cantoneira abandonada e outros 4 grampos espalhados em 90m de escalada (incluindo as paradas).

Fechei uma cordada com a Bia e o Beto com a Rose e seguimos subindo, sendo que chegamos ao topo do col já cansados depois da energia e tempo gasto tentando achar a descida para a base do Baú, o que nos fez contentarmos e irmos embora!!



Valeu muito a pena a zueira!! Só tem gente boa nesse negócio.

Ainda voltamos pra sampa e fomos curtir uma cerveja na Vila Olímpia, tudo sujo, diga-se de passagem!

Olha o pão!!!

Abraços!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cerro Torre e Fitz Roy em 4 dias.

A dupla no cume do Fitz Roy.

 Adam Holzknecht no Cerro Torre.

Os alpinistas italianos Hubert Moroder e Adam Holzknecht, conseguiram em 4 dias escalar as difíceis montanhas patagônicas acima citadas, abrindo de maneira bastante confiante, a temporada de escalada na região de "El Chaltén".

Eles chegaram a Chaltén em 8 de novembro e já no dia seguinte subiram para o bivaque junto a face oeste do Fitz Roy. No dia 10 de janeiro iniciaram a escalada, atingindo o cume às 16h00. Por volta das 22h00 já estavam de retorno no bivaque.

De volta a Chaltén e com a boa janela ainda reinante, decidiram aproximar no Cerro Torre onde fizeram a ascensão em aproximadamente em 15 horas.

Segue abaixo a notícia na íntegra, extraída do site desnível: http://www.desnivel.com/object.php?o=20760

Fotos por Flavio Moroder.

Cerro Torre y Fitz Roy en cuatro días

La meteorología permitió que los italianos Adam Holzknecht y Hubert Moroder enlazaran las ascensiones de la Supercanaleta al Fitz Roy y la vía del Compresor al Cerro Torre en la misma semana.

La meteorología adversa es uno de los característicos obstáculos a los que se tienen que enfrentar las expediciones que visitan las montañas de Patagonia. Las ventanas de buen tiempo son escasas y breves. Los italianos Adam Holzknecht y Hubert Moroder lo sabían y optaron por lanzar rápidos ataques a las vías que intentaron en la zona. De este modo fueron capaces de ascender durante cuatro días de la semana pasada dos de las más clásicas: la Supercanaleta al Fitz Roy el miércoles y la vía del Compresor al Cerro Torre el domingo.
 

Ambos alpinistas llegaron a Patagonia el 8 de noviembre y, al día siguiente, se desplazaron hasta la base de la pared oeste del Fitz Roy para aprovechar el buen tiempo reinante. Tras vivaquear allí mismo junto a otras dos cordadas, partieron a las 3 de la madrugada.

 

En su resumen de la actividad publicado por Montagna.tv, señalan que “recorrimos la pared mixta de roca y nieve hasta la cima, que alcanzamos a las 16.00, después de 13 horas de escalada. Efectuamos el descenso a lo largo de la misma vía, llegando al final de la canal al anochecer, hacia las 22.00. Desde el saco pudimos seguir el descenso de nuestros compañeros de aventura, que se nos unieron en la base hacia las 2 de la madrugada”.

Con un éxito tan rápido en el bolsillo, Holzknecht y Moroder deshicieron a pie en unas 7 horas el camino hasta El Chaltén, cargando con sendas pesadas mochilas. Era jueves y, “visto que el buen tiempo todavía se mantenía, decidimos aplazar el reposo y partir hacia otro ambicioso objetivo”.
 

Ese objetivo no era otro que la mítica vía del Compresor, abierta por Maestri en el Cerro Torre. Otras siete horas de caminata el sábado les llevaron hasta la base de esa montaña, donde se encontraron a Rolando Garibotti, listo para cortar los parabolts dejados allí en invierno por David Lama.

Los dos italianos se pusieron en marcha en la vía del Compresor a las 2 de la madrugada. “Eran las 5 de la mañana cuando nos poníamos los pies de gato para superar los primeros largos difíciles”, señalan los escaladores, quienes añaden que “la primera parte de la escalada se reveló muy agradable y variada; en cambio, la parte superior fue agotadora a causa de los largos de artificial. El último largo antes de salir al hongo de hielo final exigió toda la experiencia de Adam para superarlo en parte en libre”.

 

Minutos antes de las cinco de la tarde, tras 15 horas de escalada, Holzknecht y Moroder alcanzaban la cima del Cerro Torre. Una breve pausa en la cumbre precedió el largo descenso, que les llevó hasta el glaciar hacia las 22 horas y al saco de plumas una hora más tarde.

Los dos italianos se pusieron en marcha en la vía del Compresor a las 2 de la madrugada. “Eran las 5 de la mañana cuando nos poníamos los pies de gato para superar los primeros largos difíciles”, señalan los escaladores, quienes añaden que “la primera parte de la escalada se reveló muy agradable y variada; en cambio, la parte superior fue agotadora a causa de los largos de artificial. El último largo antes de salir al hongo de hielo final exigió toda la experiencia de Adam para superarlo en parte en libre”.

Minutos antes de las cinco de la tarde, tras 15 horas de escalada, Holzknecht y Moroder alcanzaban la cima del Cerro Torre. Una breve pausa en la cumbre precedió el largo descenso, que les llevó hasta el glaciar hacia las 22 horas y al saco de plumas una hora más tarde.

sábado, 13 de novembro de 2010

Escaladas das vias "Galba Athaíde", "Chicken Salad", "Normal do Baú", "Cresta do Baú" e "Normal do Bauzinho". São Bento de Sapucaí/SP.

Paulo, Cris e eu no cume da Pedra do Baú/SP.

Fala pessoal,

Após trabalharmos o final de semana inteiro na Fórmula 1, apoiando o evento nos assuntos de interesse de atuação do Corpo de Bombeiros, eu, o Paulo Chagas e o Cristian Bons, decidimos correr para São Bento de Sapucaí para escalar na terça e quarta-feira algumas vias de escalada.

Nossa idéia era apresentar ao Cris, que é tenente do Corpo de Bombeiros do estado do Alagoas e está fazendo um longo curso com a gente, o complexo da Pedra do Baú, onde ele poderia ter um contato inicial com as montanhas paulistas.

Saímos de sampa, bem cedo, e quando eram 6h da manhã estávamos passando em Franco da Rocha para pegá-lo e seguirmos direto para a Pedra do Baú, via Campos do Jordão.

Seguimos direto para lá, e após algumas breves paradas para comida e abastecimento, chegamos no estacionamento da Pedra quando eram por volta das 10h30.

Havíamos elegido a via "Galba Athaíde" (5º Vsup E2 150m) como nossa primeira escalada e quando eram por volta das 11h30 o Paulo estava guiando a primeira enfiada desta bonita via, que é a primeira via à esquerda na face norte do Bauzinho.

Paulo guiando o crux da "Galba Athaíde", no Bauzinho.

O Cris guiando a 1ª enfiada da "Normal do Bauzinho".

O Paulo guiou as 3 primeiras enfiadas, ficando com todos os "cruxes", sobrando pra mim somente guiar a última e fácil 4ª enfiada. Chegamos no cume, fomos para o carro para nos hidratarmos, comermos e jogarmos conversa fora. O tempo ajudava.

Seguimos dali para a "Normal do Bauzinho" (2º III E2), uma fácil porém aérea via de escalada na face norte do Bauzinho, onde o Cris iria guiar (sua 2ª guiada geral, sendo a primeira em Salesópolis). O Paulo desceu com ele para dar segurança, enquanto que eu montaria uma linha de rapel para fotografá-los.

Cris guiando a "Normal do Bauzinho".

Paulo subindo a "Normal do Bauzinho".

Eles fizeram as duas enfiadas com tranquilidade enquanto eu sacava as fotos, que seguem no relato.

Saímos dali e fomos escalar então a via "Chicken Salad" (5ºsup E2). Uma curta via (uma enfiada), onde o crux está no início levemente negativo. Totalmente protegida por grampos. Guiei a via, sendo que o Cris muito bem, mandou de segundo, enquanto que desta vez o Paulo fazia a gravação da escalada de nós dois.


Já eram quase 18h quando havíamos terminado esta escalada e assim decidimos ir pra São Bento de Sapucaí. Fomos para a pousada da Tia Cida, onde pegamos um pernoite (por 30 reais com café da manhã), tomamos um banho e fomos para a Cantina do Tio Giuseppe, muito boa e barata, onde comemos e tomamos uma cerveja.

No outro dia, nossa idéia era seguir para a Pedra do Baú, fazendo as vias "Cresta do Baú" (IVsup), "Normal do Baú" (2ª enfiada - IIIsup E2) e o "Teto do Baú" (A1). Para tanto, quando eram 6h levantamos em São Bento, tomamos café, fizemos as compras e seguimos para o complexo. Arrumamos as tralhas e seguimos pela trilha, subindo ao col e fomos direto para a "Cresta do Baú", onde o Cris guiou muito bem, tomando uma bonita queda que não o abateu. O Paulo seguiu e por último eu limpei a via.

O Cris guiando a "Normal do Baú".

Paulo subindo a 2ª enfiada da "Normal do Baú".

O cris então seguiu guiando a "Normal do Baú" também, sendo que eu já havia guiado a via para poder sacar fotos dele e do Paulo por cima. Assim foi feito e quando não eram nem 10h30 já estávamos no cume tirando mais fotos. Acabamos decidindo por não fazer o "Teto do Baú" e logo estávamos descendo pela escada da face sul para retornamos ao carro.

Pedra do Baú vista do col.

Destino Baú!

Chegamos, arrumamos todo o equipamento e começamos a viagem de volta, sendo que quando era por volta das 17h estava chegando em casa. A viagem foi muito boa, rendendo boas escaladas, boas palhaçadas e boas fotos e espero que se repita, até porquê, ficamos devendo o "Teto do Baú".

Um forte abraço!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Escaladas no Bauzinho, colo e Ana Chata.

 Pedra do Baú/SP no dia 12 de outubro.

Fala pessoal,

Ainda em recuperação de um forte tendinite que atingiu dedos das minhas duas mãos, fui neste último feriado para São Bento de Sapucaí, com o Ricardo Nonaka. Grande amigo e escalador, que por questões pessoais acabou se afastando da escalada nos últimos 8 meses.

Saímos de sampa no domingo, com a intenção de escalar a tarde no Baú, mas acabamos chegando meio tarde, o que fez com que passassemos um mal bocado com a caída da noite.

Uma vez lá, encontramos o conhecido escalador  e conquistador carioca, Antonio Paulo Faria, que nos alertou sobre um ocorrido, onde enquanto escalava no Bauzinho fora alvo de pedras, jogadas desde o cume daquela montanha, provavelmente por turistas.

 Eu e o Rick na base da "Gregos e Troianos".

Dali partimos para o col, onde entrariamos na via "Gregos e Troianos" (5º VI E2). Chegando lá, rapelamos e iniciamos a escalada, com o Rick na ponta da corda. Sem conseguir encontrar o rumo e já escurecendo decidimos voltar subindo pela via "Escória" (3º Vsup E2), mas não o suficiente para evitar a noite.

Como o platô da via é um pouco mais abaixo do platô da Gregos e Troianos (que é o mesmo que leva à parede laranja), resolvi não perder tempo fazendo um rapel para lá, emendando uma travessia fácil porém exposta diretamente para a linha da via. Terminada minha guiada o Rick subiu e iniciou a guiada da segunda enfiada, que erroneamente acabou por fazer uma grande travessia para a direita, indo parar na parada da, provavelmente, "Via das Corujas". Fui até lá, disse que havíamos fugido da linha e que não sabia a graduação da "Via das Corujas" e que teríamos de voltar para a "Escória". O Rick então refez a travessia de volta (exposta) e achou a linha de subida, voltando a ser perder já próximo à parada, que confunde, por ser mista (uma cantoneira e demais peças móveis). Dali subi até o Rick, que agora já bem próximo do col guiou com tranquilidade até o topo. Subi e dali descemos rápido para o carro, onde chegamos quando era por volta das 21h30.

 Eu, guiando a "Escória".

Durante a subida, quase fomos acertados por um bloco rochoso que despencara desde o col, passando cerca de 10 metros pela minha direita. Posteriormente fiquei sabendo, que ele caiu por um descuido de escaladores que o jogaram pra baixo sem querer, quando iam embora. O bloco devia pesar pelo menos uns 5 kg. Pra ajudar um friend ficou entalado ainda na primeira enfiada da "Escória" e que teríamos que recuperar no outro dia.

No outro dia fomos então resgatar a peça. Para isso montamos uma base móvel no col e desci até chegar no friend. Com muito esforço consegui remover a maldita, quase uma hora depois, jumareando de volta.

 Cordada de Bernardo Collares e Flávio Daflon na "Learning to Fly". Foto tirada logo depois que resgatei o friend.

Seguimos para a "Fissura Corneto", onde o Rick guiaria a primeira enfiada e eu ficaria com a bonita segunda. O Rick iniciou a guiada mas não conseguiu mandar o lance final e eu prevendo perrengue, pedi que voltasse e que fôssemos para outra via para aquecer. Como havíamos chegado tarde no Baú (quase na hora do almoço), o dia já estava quase perdido, isso sem contar o frio, névoa e vento que nos acompanhavam.

Dali seguimos para a via "Chicken Salad" (5ºsup), onde eu entrei e guiei, terminando com o Rick subindo de segundo, quando eram por volta das 16h30.

 Eu, na parada da "Chicken Salad", no Bauzinho.

Decidimos voltar para São Bento para descansar e não deixar acontecer na terça, o que ocorrera na segunda. Ou seja, que perdêssemos tempo para escalada. No outro dia, conforme combinado, seguiríamos para a Ana Chata para fazer móvel de baixa dificuldade.

No dia seguinte, descansados, levantamos bem cedo e quando era 07h00 já estávamos estacionando para subir para a Ana Chata.

Como queríamos voltar pra sampa cedo e evitar o trânsito, estipulamos o horário limite pra retornar para São Bento, no máximo às 13h00, e após nos perdermos para subir, chegamos na base por volta das 08h00.

Como nunca havia escalado a via "Tom Sawyer" (2 enfiadas, inteiramente em móvel), sugeri que entrássemos nela e que seguíssemos para o cume pela "Lixeiros", o que fizemos. Iniciei a escalada às 08h30 e quando eram 10h50 estávamos no cume, alternando a guiada.

 Rumo: Ana Chata.

Eu, guiando a fácil e bonita primeira enfiada da "Tom Sawyer", na Ana Chata.

Rick, guiando a 2ª enfiada da "Tom Sawyer".

Descemos e pensamos em entrar em outra via, curta, mas como o tempo estava escasso, resolvemos retornar pra sampa.

Daria pra escalar muito mais, mas como estou com tendinite e o Rick estava sem escalar a muito tempo, até que ficou de bom tamanho. Espero que da próxima renda mais!

É isso aí!

Forte abraço!

sábado, 9 de outubro de 2010

Repetida a via Place of Happiness, 8º IXa, 850m

 Maciço da Pedra Riscada.

Fonte: http://www.companhiadaescalada.com.br/noticias/anteriores02/pedra-riscada.htm

Crédito das fotos: Flávio Daflon, Daniel Araújo e Silvio Neto.

Os cariocas Daniel Araújo, Fábio Muniz, Flavio Daflon, Martino Singenberger e Silvio Neto fizeram a primeira repetição da via Place Of Happiness, na Pedra Riscada, em São José do Divino - MG. Foram dois dias de escalada para superar os 850 metros desta via, que está cotada em IXa.

Place of Happiness foi aberta pelo paranaense Edmilson Padilha, pelo argentino Horácio Gratton e pelos alemães Houlger Heuber e Stefan Glowacz em 2009. Para quem não conhece Glowacz foi um dos pioneiros da escalada de grande dificuldade e um dos campeões do prestigiado Campeonato de Arco e tem repetido e aberto vias pelos sete continentes. Veja aqui a matéria e fotos no site da Companhia da Escalada e no site da RedBull, e um vídeo sobre a conquista da via Place of Happiness, na Pedra Riscada, em Minas Gerais.


Os cinco escaladores cariocas viajaram 700 km no sábado, dia 31 de julho para fazer a primeira repetição dessa belíssima via mineira.

No domingo começaram a escalar por volta das 10 da manhã. Subiram dez enfiadas, encoradaram as mais difíceis e desceram para dormir próximo a base. Na segunda descansaram. Na terça-feira começaram a escalar as 6:30h da manhã e as 9:30h alcançaram o ponto mais alto da investida anterior. Chegaram ao cume as 17:30h. Foram 18 enfiadas com as graduações seguintes: IV, IV, IV, IV, VIIa, IV, VIsup, VIIIc (VIIa A2), IXa (VIIa A2), VIIIb, IXa, VIIb, VIIIa, VIIa, VIsup, VI, IV e IV. Essa foi a primeira repetição da via, já que duas tentativas anteriores de outras cordadas desistiram por motivos diversos.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A lenda Kurt Albert, falece na montanha.

 Wolfgang Gullich e Kurt Albert.

Extraído do site desnivel.com. http://www.desnivel.com/object.php?o=20537

Faleceu neste dia 28 de setembro, na Alemanha, o escalador Kurt Albert. Ele morreu no hospital após cair cerca de 18 metros durante uma expedição onde liderava junto com outros dois guias um grupo de 17 pessoas em Erlangen, Alemanha.

Para quem não sabe, Kurt Albert foi pioneiro no chamado encadenamento de vias, tendo feito a primeira ascensão em livre de dezenas de rotas espalhadas pelo mundo. Entre seus parceiros de escalada constam Wolfgang Gullich e Stefan Glowacs. O termo Red Point surgiu com ele, que tinha a mania de marcar com um ponto vermelho as bases das vias já livradas.

Uma perda para o alpinismo mundial e que ele possa descansar em paz.


Abaixo a notícia na íntegra:


Un correo de Ralph Stöhr, editor de la revista Klettern, nos lo acaba de confirmar. “Amigos de todo el mundo, tenemos la confirmación oficial de la policía local y de los médicos del hospital de Erlangen, que certificaron el fallecimiento de Kurt a las 8.45 de la tarde de ayer. Estamos muy apenados. Sentimos mucho el caos de la información de ayer, pero Kurt se debatía entre la vida y la muerte…”
Kurt Albert, escalador de leyenda alemán acuñador del concepto del punto rojo, sufrió graves heridas por una caída de 18 metros que tuvo el pasado domingo mientras escalaba una vía ferrata. Aunque los detalles del accidente todavía no están claros, Albert se encontraba en el primer tercio de la vía ferrata Höhenglücksteig en la zona de Hirchbach (Baviera).
Albert lideraba un grupo de 17 escaladores experimentados. Estaba unos 100 metros más adelante del conocido como scharfen Eck (esquina caliente), un paso con un ángulo bastante cerrado sobre un precipicio de unos 25 metros. Según las escasas informaciones disponibles en este momento, el escalador cayó unos 18 metros desde su posición. 

Un helicóptero evacuó a Albert hasta el hospital más cercano, donde fue ingresado en la unidad de cuidados intensivos.
Las autoridades policiales de Oberpfalz han iniciado una investigación para esclarecer los motivos concretos de la caída mortal de Kurt Albert. Thomas Plössl, portavoz de la policía, ha anunciado –después de tomar declaración a los testigos- que no hay indicios para creer en ningún tipo de participación externa en el accidente.