segunda-feira, 20 de junho de 2011

Escaladas em Andradas/MG!

 Eu, brincando na "Monstro do Pantano".

Fala pessoal,

Neste final de semana, eu, o Tacio Philip (www.tacio.com.br) e o Osvaldo Miguel fomos em direção de Andradas para algumas escaladas.

Nossa idéia era escalar qualquer coisa, já que não tínhamos nada programado. Viajamos na sexta-feira e no sábado entramos na via "Savamu" (5º VIsup E1, 6 enfiadas), sendo que o crux coube ao Tacio e a primeira enfiada, também difícil coube ao Osvaldo. A mim coube o trecho final da via que não passava de 4º grau. Demoramos bastante para concluir a via uma vez que estávamos em três mas no final descemos e o Tacio e o Osvaldo entraram na via "Nini van Prehn", via que eu já havi feito alguns anos atrás.

Osvaldo na 1ª enfiada da "Savamu".

Osvaldo guianda e eu na segurança. Savamu.

Posteriormente o Tacio ainda mandou a via "Monstro do Pantano" (6º grau, atlético).

Fomos para a cidade onde jantamos no Bar da Baiana e depois voltamos para o abrigo.

No domingo, um pouco lesados de cansaço, acabamos ficando pelo Patano novamente onde fizemos somente a via "Monstro do Pantano", eu de segundo e somente a primeira enfiada. O Osvaldo fez a via toda.

Tacio guiando o crux da via "Savamu".

Eu, na "Monstro do Pantano".

Eu, na "Monstro do Pantano".

Quando eram por volta das 13h30 estávamos descendo para o abrigo para irmos embora. Andradas é uma grande cidade e um excelente lugar para escalada. Nunca me canso de escalar por lá.

Até a próxima.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Escalada das vias "Nóia de Cão" (6ºsup), "Pimenta Honesta" (6º VIsup E2 140m) e outras na Pedra do Baú!



Fala pessoal,

Por fim este final de semana consegui ir para o Baú escalar algo que realmente indique o começo de uma temporada!

Eu e o meu amigo Tacio Philip (www.tacio.com.br) saímos de sampa na sexta-feira com destino à São Bento de Sapucaí/SP com a idéia de escalar algumas vias um pouco mais exigentes para fazer valer a temporada. Nossa idéia era escalar no sábado um conjunto de vias que saíssem do chão da face norte e terminassem no cume do Baú. Com isso surgiu a idéia de escalarmos as seguintes vias encadenando-as como uma só:

Nóia de Cão (6ºsup) -> Gregos e Troianos (5º VI) -> Learning to Fly (2ª enfiada; 6ºsup) -> Anormal (4º) -> Pássaros (6ºsup).

Com isso levantamos cedo no sábado e seguimos para a base da face norte do baú pela trilha que vai para a via "V de Vingança" chegando na base da via "Nóia de Cão". O crux da via é a própria saída, que foi feita pelo Tacio Philip, seguimos então para o col onde acabamos errando e entrando na via "Pimenta Honesta", que demonstrou ser bem mais forte que a Gregos e Troianos e com um pouco de ralação concluímos a via, tendo eu guiado a primeira enfiada e o Tacio as duas superiores, sendo a segunda já emendando com a Anormal (4º). Acabamos chegando na base da via "Pássaros" já tarde e por isso decidimos abortar a continuação da escalada e descer.

Retornamos para São Bento para comer e dormir.

No outro dia, acabamos levantando tarde, reflexo do cansaço do dia anterior e fomos entrar na via "Fissura Corneto". Entrei na primeira enfiada e acabei realmente checando que houve um desmoronamento no final, quase na base da segunda enfiada e com isso resolvemos voltar. Ao que tudo indica houve o descolamento de uma placa de rocha que elevou o grau da via e a deixou bem exposta.



Subimos para o topo do bauzinho num trepa-pedra e depois pela "Normal do Bauzinho". Enrolamos e acabamos indo embora.

Foi um excelente final de semana para nos mostrar como estamos precisando treinar e treinar e ir pra rocha e com isso voltar a escalar com melhor qualidade! Então, bora pro treino!!

Forte abraço!

domingo, 22 de maio de 2011

Saídas do CAP para Andradas e Pedra do Baú (CBM)!

Fala pessoal,

Registro aqui as saídas do pessoal do CBM (Curso Básico de Montanhismo) do Clube Alpino Paulista nos dias 14 e 15 de maio e agora nos dias 21 e 22 de maio, respectivamente para Andradas e para a Pedra do Baú, onde tive o prazer de acompanhá-los como instrutor.

Em Andradas foram dois dias de atividades, o primeiro visando o aprimoramento técnico e o segundo brincando de "Top Rope" no campo-base da Pedra do Pantâno.

Já no Baú, foram dois dias de atividades no Bauzinho e Baú, sendo que eu permaneci em ambos os dias acompanhando o pessoal na escalada da via "Normal do Baú".

É sempre um prazer ver uima galera nova se iniciando no montanhismo e espero que a turma continue a escalar forte por aí!!

Um forte abraço a todos!!

domingo, 1 de maio de 2011

Escalada em solitário na Maria Antônia/SP.



Fala pessoal,

Somente para registro, neste dia 1º de maio, de posse do meu todo poderoso "Soloist" fui escalar e testá-lo na Maria Antônia.

Como estava um pouco preguiçoso acabei chegando lá já a tarde e foi possível fazer as três primeiras enfiadas da via "Mãe de Prata" antes que a chuva caísse. O princípio da escalada em solitário é bem simples. Escale vias cuja graduação esteja abaixo do seu limite técnico e não caia. Na dúvida não escale assim.





Forte abraço!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Escalando a Diretíssima Sul (D5 A1+ 325m). Face sul do Corcovado.

 Eu, Paulo e o Cris com o Cristo (cortado) ao fundo.

Fala galera,

Estou escrevendo agora sobre o último final de samana, quando eu, o Paulo Chagas e nosso amigo Cristian Bons, escalamos a via Diretíssima Sul (também conhecida como Via dos Austríacos) na face sul do Corcovado, Rio de Janeiro/RJ.

Em 2008, em companhia do meu amigo Ricardo Nonaka, durante uma viagem de escalada nós tentamos a via em um dia, sendo que tivemos que descer devido à chuva que nos pegara ao final da 3ª enfiada.

Logo depois disso, em conversa com o escalador Davi Henrique, do CAP, resolvemos escala-lá novamente mas dessa vez em dois dias, exatamente para curtir uma noite no platô que existe no decorrer da via e assim curtir o visual da lagoa Rodrigo de Freitas, do meio da parede mais imponente da cidade do Rio de Janeiro.

 Albergue que a gente ficou na sexta.

Viajamos pro Rio na sexta-feira, sendo que saímos da sampa por volta das 17h00, chegando por lá já a noite. Fizemos compras e fomos para o albergue onde dormimos somente 3 horas para no dia seguinte seguirmos para a escalada.

 A parede.


Eu na guiada da primeira enfiada. Paulo na segurança.


Já mais acima.

Por fim, no outro dia, levantamos cedo, arrumamos as coisas e saímos de carro parando-o em um estacionamento próximo da Av. das Laranjeiras, onde então pegamos um táxi para o Parque Lage (ponto de acesso à base da Face Sul do Corcovado).

Iniciamos a trilha de aproximação que é tranquila mas o tempo todo íngrime, sendo que após atingir a base rochosa, nos dirigimos à base da via que segue ligeiramente à direita do totem central da face sul.

Descansamos um pouco e quando eram 10h45 lá estava eu começando a guiar a primeira enfiada da via. Não conseguimos encontrar grande quantidade de informações sobre a mesma, o que nos deixava um pouco inconfortáveis quanto à distância até o platô.

Guiei a primeira enfiada esticando em torno de 45 metros de corda. A primeira proteção fixa é um parafuso e para acessá-lo é preciso montar os estribos em uma peça móvel colocada por debaixo de uma laca logo no começo. Daí ele segue somente com proteções fixas, alternando entre parafusos, grampos "P" de 1/2 polegada e antigos grampos Stubai (de progressão, com 1/4 de polegada), da conquista.

 Visual da zona sul do Rio.

A segunda enfiada foi tocada pelo Cristian, sendo que ele puxou em torno de 55 metros de corda, também variando o mesmo estilo de proteção.

A terceira enfiada, tocada pelo Paulo Chagas totalizou praticamente 60 metros de corda, sobrando somente um chicote de 1 metro. Mesmo estilo de proteção.

Platozinho do bivaque.


Cris na segurança do Paulo na 6ª enfiada.


Visual já no final da escalada.

Já na quarta enfiada, guiada por mim, no final da tarde, as proteções demonstraram estar precárias. Muitos dos grampos Stubai estavam totalmente corroídos impossibilitando a utilização como proteção e ainda causando desconforto na progressão. Nesta enfiada puxei em torno de 40 metros até o platô, onde cheguei quando eram por volta das 20h00.

Devido a um problema no içamento do material, o Paulo e o Cristian foram chegar no platô bem mais tarde, quando eram passadas 22hrs.

Comemos, nos hidratamos, arrumamos nosso bivaque e fomos dormir com aquela vista esplêndida.

No outro dia (domingo) levantamos bem cedo, e o Cris começou a guiar o que seria a 5ª enfiada com o sol à nossa direita brilhando forte. Puxou em torno de 45 metros de corda quando então passou a vez pro Paulo que puxou também em torno de 45 metros de corda.


Estado deplorável das proteções.

Coube a mim guiar a 7ª enfiada, sendo que mais uma vez ficou constadada a deteriorização dos grampos Stubai. Alguns ainda possuiam parafusos ao lado, como em substituição, provavelmente em alguma ação de regrampeação mas outros não possuiam e tive de arriscar a laçá-los com nut de cabo devido a ser impossível confiar na simples passada de mosquetão em face dos olhais estarem totalmente abertos.

Após puxar em torno de 35 metros de corda cheguei a uma área vegetal bem mais ampla e já próxima ao cume, onde após todos subirem iniciamos a procura pela continuação da via. Vale lembrar que o içamento no segundo dia foi bem mais tranquilo até pelo consumo da água e comida, fazendo com que não tivéssemos problemas com isso.

 Descendo do Cristo.

Após vasculharmos a pequena parede que seguia atrás de uma possível continuação e verificarmos que não havia sequer um grampo, decidimos seguir para a direita, passando pela parada de uma outra via para então chegarmos ao platô que dá acesso a última enfiada da via K2.

Feita a guiada do Cristian em livre (mais 20 metros - totalizando 345 metros de escalada), eu o Chagas subimos com a mochila/haul bag nas costas mesmo, no jumar e logo estávamos curtindo um visual junto ao Cristo. Tirada algumas fotos e descemos andando até trombar um táxi que nos deixaria em nosso carro. Chegamos no carro quando eram quase 15h00.

Fomos almoçar no Leme e quando eram 17h00 já estávamos caindo na Dutra sentido sampa.

 De retorno pra sampa.

Foi uma via muito bacana em uma parede que alternava quase sempre verticalidade com negatividade e com um visual impagável. Pela quantidade de teias de aranha na trilha que leva a base da via (e também até a base da via Atalho do Diabo) fazia muito tempo que ninguém entrava nela.

Para repetir a via são necessários os seguintes equipos:

- Duas cordas de 60m,
- 15 costuras,
- Fitas e mosquetões avulsos,
- Dois nuts de cabo para os parafusos e grampos deteriorados,
- Um friend pequeno para a laca inicial,
- Dois pares de estribos pra cada mais material pra básico de artificial (se um for no jumareio três pares de estribo, total),
- Se o segundo for agilizar no jumareio: ascensores,
- Recomendo levar um joguinho de talons.

É possível fazer a via em um dia. Pra isso entrar bem cedo e leve pra acabar no final da tarde.

O próximo objetivo agora é a via "Os impermeáveis" (6º A2+) no Dedo de Deus. Vamos ver.

Até o momento escalei as seguintes vias em artificial:

Domingos Giobbi (D5 6º A3 - até a rota de escape, sendo as enfiadas: 6º, A2, A3, A2),
Diretíssima Sul (D5 A1+),
Fissura Chove e Não Molha (A2),
Teto do Baú (A1),
Teto do Visual (A1).

Entre outras em livre com trechos em artificial.

Um forte abraço!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Abertura de Temporada de Montanhismo de São Paulo - Evento no Pico do Jaraguá

Divulgando!



SÁBADO, 14 DE MAIO, A PARTIR DAS 10:00H.

Venha confraternizar e celebrar o início da temporada de montanhismo!

- Oficinas de Técnicas de Escalada (gratuitas e abertas a todos os interessados, basta efetuar a inscrição antecipada no dia)
. Introdução à Escalada em Rocha
. Nós e voltas
. Auto-resgate
. Metereologia

- Palestras:
. Mínimo Impacto, com Milton Dines
. Mulheres na Montanha, com Rosângela Gelly

- Filmes de Montanha
. Patagonia Promise (homenagem a Roberta Nunes)
. SlackBrasil
. 7 Dias de Favela

- Circuito de Slackline

- Sorteio de brindes

e muito mais!

Aguardamos vocês lá!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Escaladas em Pedra Bela/SP.

Macacada reunida!

Fala galera!

Aproveito pra deixar registrado aqui que neste dia 01 de abril, eu, o Pedro e o Tacio Philip estivemos em Pedra Bela, próximo de sampa para um dia de escaladas ao lado de uma galera sangue bom, que aliás, mandou muito bem nas técnicas de escalada!

Sinceramente espero que a galera continue firme e forte com o esporte!!

Parabéns à: Patrícia, Roger, Anderson, Lilia, Saulo, Ricardo, Tomás, Fernando, Mayra e Felipe.



Abraços!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Escaladas em São Bento de Sapucaí!

Fala pessoal,

Neste último final de semana eu, o Paulo Chagas, o Cristian e o Matheus Stamato, este último pela primeira vez fora de sampa, fomos para São Bento de Sapucaí para uma escaladinha leve.

Como o Matheus está começando agora e esta seria somente a sua segunda vez em rocha, decidimos fazer no sábado a via Lixeiros (3º V E3 200m) enquanto que o Paulo e o Cris iam fazendo do lado a via Peter Pan. Após escalarmos as vias, retornamos pela trilha que leva ao cume e então retornamos pra cidade onde ainda conseguimos pegar almoço.

No outro dia, fomos dar uma perambulada pelo Baú, sendo que eu e o Matheus fizemos a Cresta do Baú (5º) e posteriormente a Anormal (4º). O Cris e o Paulo seguiram pela Cresta e depois pela normal emendaram no Teto do Baú (A1) que fizeram bem rápido. Ainda bem porquê a chuva se aproximava!

A viagem foi bem bacana, ainda mais pelo fato do nosso amigo Matheus ter ido nessa conosco!

Espero que a viagem se repita!

Seguem algumas fotos!!

Abraços!

Cume da Ana Chata. Cristian, eu, Matheus e o Paulo.

Eu acima e o Matheus subindo. Lixeiros, Ana Chata.

Paulo e Cris no Teto do Baú.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Divulgando: CBM do CAP!

Clique na imagem para ampliar.

Divulgando o CBM do CAP!

Abraços!

terça-feira, 8 de março de 2011

Viagem pra Itatiaia, muita chuva e cume do Garrafão de Santo Agostinho (2.359m)!

 Eu e a Paulinha em Itatiaia.

Fala pessoal,

Apesar de toda a chuva, eu, o Tacio Philip (http://www.tacio.com.br/), a Paula Neiva e o Parofes (http://parofess.blogspot.com/), pegamos o carro no sábado e fomos em direção ao Parque Nacional de Itatiaia para fazermos algo.

Após sairmos de sampa por volta das 09h30 e algum trânsito na Carvalho Pinto chegamos ao Parque, que para nossa tristeza estava com condições climáticas horríveis. Diante disso, fomos obrigados a abortar nossos planos e após conhecer uma família "sangue bom" por lá, acabamos dormindo (eu e o parofes bivacando na varanda da casa deles e o Tacio e Paula no carro) lá mesmo.

 Eu e o Parofes bivacando na varanda.

No outro dia, resolvemos diante das condições climáticas atacar outra montanha, que fosse mais fácil, e como eu e o Parofes não havíamos feito o cume do Pico do Garrafão, na Serra de Santo Agostinho (com 2.359 m - 29ª montanha mais alta do país de acordo com o IBGE), decidimos ir pra lá.

O caminho foi tortuoso, cheio de lamaçais, onde o Tacio mostrou toda sua habilidade como motorista e o carro toda sua capacidade em enfrentar aquelas circunstâncias. Diversos deslizamentos de terra na estrada foram vistos e com isso nossa preocupação com a volta ficou no ar.

Embaixo de garoa fina e acompanhados por diversos Carcarás, partimos em direção ao cume, cujo tempo de caminhada é curto, sendo que após 1h50min depois já estávamos no topo tirando fotos e encharcados.

A volta durou quase o mesmo tempo e lá íamos todos torcendo para que conseguíssemos sair dali com o carro. Por fim, conseguimos e assim, molhados e enlamaçados fomos dormir em Itamonte.

Tacio, eu e o Parofes no cume do Pico do Garrafão.


Paulinha e eu, na descida.

Saímos para comer e fomos curtir o Carnaval de rua neste pacata cidade montanhosa de 14 mil habitantes. No outro dia (segunda), sem pressa, levantamos, tomamos café e ainda embaixo de chuva começamos nosso caminho de volta pra sampa, dando uma parada em São José dos Campos e aqui em sampa no Subway pra comer um lanche.

A viagem, apesar da chuva foi bastante legal, já que fazia tempo que não ia pra montanha e com a companhia dessa galera sensacional era risada o tempo todo!

Abaixo segue dois vídeos do Thundertank (apelido que demos pro carro do Tacio depois de vencer tantos desafios a caminho do Pico do Garrafão). Um antes de um lamaçal gigante e o outro da volta. Um de autoria do Tacio/Paula e o outro de autoria do Parofes.





Fotos por Parofes.

Abraços e até a próxima!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Julio Campanella e Ricardo Baltazar no cume do Fitz Roy (Rota Franco-Argentina).



Os brasileiros Julio Campanella e Ricardo "Rato" Baltazar, escalaram no final de fevereiro o Cerro Fitz Roy pela via Franco-Argentina. Depois da conquista de Sérgio Tartari, trata-se da melhor escalada feita por brasileiros na região. Leia o relato do Ricardo:

Saímos eu o Julio no sábado pro passo superior (alta caminhada alpina) e nos instalamos no bivac la pelas 4 da tarde. Engolimos o bivac gelado só no saquinho e as 11 hs da noite nos levantamos pra comer e ir atacar a famigerada brecha dos italianos. Pela 1h da manhã de domingo estávamos em marcha cruzando o glaciar do passo superior cheio de greta sinistras (íamos encordados eu na frente abrindo caminho e seguindo três argentinos que saíram antes nós). Saltei varias gretas e entrei com uma perna dentro de uma pequena.

Sobe, sobe chegamos ao pé da brecha lá pelas 3 da manhã e ai nos preparamos pra trepar a rymaia (sinistra) e escalar os 300 metros de misto e 5 grau. Demoramos um pouco porque logo encostou um espanhol e um argentino e nos embolamos um pouco, mas tiramos pra arriba. Chegamos no topo da silla dos franceses (pè da rocha) lá pelas 9 da manhã e ae tava uma muvuca!!!!

Tinha um casal logo na segunda cordada (que não se moviam) uma cordada de Bariloche logo por baixo na primeira cordada, os três argentinos no pé da via esperando pra entrar e nós, que chegamos seguidos de um espanhol e um outro argentino. Os três argentinos entraram na 1 cordada (um 6a), mas não se moviam. Julio começou falar em descer, desistir, pois começou a ficar tarde (já era quase meio dia!!!), sendo que o normal é começar a parte de rocha as 7 hs!!!!!

Foi quando o argentino que estava com o espanhol resolveu desistir. O espanhol (se chama Ino) então nos perguntou se o aceitávamos na cordada. Dissemos que sim. Tinha que ver o loco, tava quase chorando pra escalar.

Bom, peguei a ponta da corda e comecei o baile. Passei voando pelo 6a. O Julio e o Ino vinham escalando juntos limpando. Na 3 cordada pedi licença pros três argentinos pra passar, pois eles iam igual tartaruga e a parede jorrava água das fendas, pois o verglas tava derretendo com o calor que fazia.

Passei os argentinos e comi um 6b+ molhado, frio e de 50 metros em um diedro. Dale friends. Depois guiei uma cordada a mais e passei a bola pro Julio. Ele guiou umas 5 cordadas e passou pra mim de novo. (o espanhol não escalava muito bem em rocha) Fiz um par de cordadas e encarei a ultima pra sair na rampa de neve que dá acesso ao cume, um 6c (francês) duro e gelado (já eram umas 9 hs).

Artificializei o passo de 6c e meti o restante em livre. Subiram os loco e daí começou a epopéia!!!

A tal rampa final não tem nada de fácil, maior roubada!!!! De noite de lanterna, um frio ducaralho. Eu tava com todas as roupas e cagado de frio, nunca passei tanto frio em minha vida (estou com os dois dedão do pé insensíveis, dormentes, ainda). Foram
300 metros de misto a 50º graus um gelo petrificado pelo vento, que nem os crampons agarravam direito.

Nesse tramo passamos a bola pro espanhol como forma dele pagar o arrego que demos pra ele. O bixo foi bem, de piqueta e crampom foi encontrando o caminho mais demorava muitíssimo!!! Essa parte final do Fitz é enorme e ruim de orientar. Eu assegurava e às vezes o Julio assegurava enquanto eu tentava dormir batendo queixo. Já eram as 2 da madrugada de segunda e nada de cume e a moral baixando, desidratados com fome, e perdidos.

Aumentou o vento e então chegamos ao pé de uma trepada de rocha e gelo onde decidimos parar, tava muito sinistro, eu não conseguia parar acordado, dormia até escalando de segundo.

Engolimos aquele bivac famoso quase no cume. Eu construí uma espécie de taipa, pirca de pedra pra me proteger do vento e organizei a favela brasileira (plástico, manta térmica, mochila pra entrar dentro e essas coisas) o Ino entrou para dentro da bolsinha de bivac de maricon da North Face!!! E o Julio, bem, acho que nem dormiu. Ficou derretendo neve com o jetboil. Disse que dormiu um pouco até que ferveu a água e derramou entre as pernas dele.

Sonhei um pouco aqueles sonhos quando se esta em casa quentinho com a galera. Acorda-te e tem que encarar a dura realidade, na puta que pariu, gelado, fudido, cansado, exposto e como uma formiga pronta pra ser varrida da face da terra.

Acordamos com o sol nascendo engolimos um liofilizado e olhamos a parede final,Não era mais tão feia quão parecia de noite. Era uma trepindanga entre blocos e gelo. Dale pra arriba, 30 minutos e finalmente cume do fitz Roy com o sol nascendo.




Parabéns aos alpinistas! 

Fotos por Julio Campanella/Ricardo Baltazar.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Vendo um Rock Exotica Soloist, novo.



Fala pessoal,

Estou vendendo um Rock Exotica Soloist, novo.

Acompanha manual de instruções.

Este equipamento é usado para escaladas em solitário.

Valor R$ 400,00.

Frete por conta do comprador.

Abraços.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Conhecendo a maior parede de escalada da capital, com 25m.


Fala galera,

Neste domingão fui com um amigo conhecer a maior parede de escalada de São Paulo.
Localizada nas dependências do Posto de Bombeiros do Butantã a parede possui 25 metros de extensão e está em plenas condições de uso.

A parede não possui vias demarcadas o que pretendo resolver em breve, e o potencial é muito bom. As agarras foram fabricadas a mais de uma década pelo Paulo Gil e se encontram praticamente intactas.

Além disso ela possui grampeação o que permite treino de guiada.




Por estar situada num ambiente aberto, além de tudo ela dá aquela sensação de interação com o meio ambiente, vendo as nuvens carregadas enquanto se escala, os ventos batendo nas costas ou derretendo no sol.

Espero voltar lá. O treino para resistência é muito bom! Duas subidas dá pelo menos 50 metros, o que é o mesmo que 7 vias escaladas na 90 Graus, por exemplo.



Escalei a vontade, sem via demarcada e somente pra vencer a parede, pela resistência, dá um 6º grau. Marcando então dá pra fazer vias casca pra galera forte.



Abraços!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Homenagem ao alpinista Bernardo Collares

Deixo registrado aqui que neste dia ocorreram, em diversos locais no Brasil, uma homenagem ao alpinista Bernardo Collares que, conforme notícia anterior, faleceu quando escalada a via Afanassief, no Cerro Fitz Roy.

Em São Paulo ocorreu uma pequena homenagem no Pico do Jaraguá, que contou com a participação de diversos montanhistas, inclusive com a participação do presidente da CBME e presidente da FEMESP, Silverio Nery.

Foi muito bacana a homenagem sendo que logo depois seguimos para uma mesa de bar continuar a homenagem de uma maneira que com certeza iria agradar o próprio Bernardo.

É isso aí! O reconhecimento de uma grande pessoa deve vir em todos os momentos, sejam eles de alegria ou também de tristeza. E o Bernardo merece nosso uivo.

Abraços.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Conquista Brasil-Argentina no Pilar Cassarotto, El Chaltén.


Fala pessoal,

Entre os dias 28 e 31 de dezembro de 2010, os escaladores Sérgio Tartari (Brasil), Luciano Fiorenza (Argentina) e Jimmy Heredia (Argentina) abriram uma nova via no Pilar Cassarotto, que está situado na face norte do Fitz Roy.

A via que foi batizada "Al abordaje!!!" possui aproximadamente 1.000 metros de extensão, está dividida em 25 enfiadas com graduação em livre de 6b (francês) e de A2 em artificial.





Parabéns aos montanhistas e em especial ao Tartari já que trata-se somente da segunda via conquistada por brasileiro em toda região. A primeirão foi a "bagual bigwall", um D7 na Aguja Poincenot que nunca foi repetido e que foi conquistada por Luiz Makoto Ishibe e Alexandre Portela em companhia com dois suíços.

Fonte: http://www.verticalargentina.com/ultimas-noticias/nueva-via-al-pilar-casarotto-del-fitz.html

Abraços!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nota de Falecimento: Bernardo Collares. LUTO.



Sinto ter que escrever esta mensagem.

O alpinista brasileiro Bernardo Collares, presidente da Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro e Vice-Presidente da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada, veio a falecer na via Afanassief, na face oeste do Monte Fitz Roy, provavelmente entre os dias 2 e 4 de janeiro.

O fato é que durante o rapel pela via, já quase no cume da montanha, o Bernardo Collares, que estava escalando em parceria com a grande montanhista brasileira Kika Bradford, veio a sofrer uma queda, muito provavelmente após a ancoragem do rapel se romper. O certo, nunca saberemos. Ao que tudo indica a queda foi grande, em torno de 20 metros e como resultado o Bernardo teve fratura de bacia e hemorragia interna.

Após ver que seria impossível a descida ele pediu que a Kika descesse para pedir ajudar e foi o que ela fez, após deixar provimentos com o Bernardo. Na verdade, ao meu ver, mesmo que ele não tivesse pedido seria a única coisa a fazer. Qualquer coisa diferente disso ela morreria também.

Pelo que foi confirmado pela Kika ao André Ilha, foram em torno de 50 rapéis até chegar ao chão, sendo que ela chegou somente com alguns pedaços de corda dos 120 metros originais que ela possuia (2 cordas de 60m), em virtude da corda ter enroscado por diversas vezes durante a descida. Uma descida épica onde ela contou com muita sorte.

Já em Chalten, sem helicópteros e já em meio a uma tempestade típica da região, os alpinistas decidiram que não exisitia condições de um resgate por escalada, até porque as condições de saúde do Bernardo combinada com as tempestades ao qual ele já havia se submetido desde então impossibilitava qualquer tipo de sobrevivência.

O resgate por helicóptero também seria muito difícil em face do clima local, onde os ventos chegam fácil aos 80 km/h. Sem contar que no decorrer de um mês são somente 8 dias de tempo bom (ou até menos). Além disso precisaria ser verificado onde foi o acidente e se a positividade da parede permite uma aproximação segura.

 Foto por Brady Robinson.

A via Afanassief foi conquistada em 1979 e desde então sofreu somente uma repetição em 2006 pelos brasileiros Edmilson Padilha, Valdesir Machado e pelo argentino Gabriel Otero. É uma das mais extensas vias de escalada da patagônia.

Aqui se vai um dos maiores nomes do montanhismo brasileiro. Grande homem, grande escalador e grande fomentador do esporte no Brasil. Uma perda irreparável.

Que ele descanse em paz.

CURSO CONCEITOS BÁSICOS DE FOTOGRAFIA - "PAY-WHAT-YOU-WANT"

CURSO CONCEITOS BÁSICOS DE FOTOGRAFIA - "PAY-WHAT-YOU-WANT"
www.macrofotografia.com.br
 
Seguindo a nova tendência internacional de serviços "pay-what-you-want" (pague quanto você quer), estou com inscrições abertas para a 2ª turma do curso Conceitos Básicos de Fotografia.
Esse novo curso, com início dia 17 de Fevereiro, abordará os conceitos básicos e fundamentais para que a pessoa assuma o controle total de sua câmera e saiba prever o resultado obtido em suas fotografias.
Serão abordados temas como diferentes câmeras (reflex, compacta, fator de crop), lentes e suas propriedades, uso e consequência da velocidade de obturação, abertura de diafragma e ISO, uso básico do flash na natureza, uso de acessórios como filtros, tripé etc. 

Esse curso se destina a todas pessoas que querem aprimorar seu conhecimento na fotografia e com isso obter melhores resultados. 

CRONOGRAMA:
Conceitos Básicos de Fotografia
5ª feira, 17/02 das 19h30 às 22h30 - aula teórica

- câmeras, lentes;
- velocidade, abertura, ISO;
- modos de operação da câmera (AV, TV, M etc);
- fotometria manual;
- configurações da câmera (ISO, White Balance, AF, Medição de luz etc.);
- introdução ao flash para uso na natureza;
- acessórios para fotografia de natureza;
- como segurar a câmera e como se portar em meio natural.
Sábado, 19/02 das 9h30 às 15h30 - aula prática
- fotometria em modo manual;
- uso do flash durante o dia;
- uso de lentes
A aula prática não é apenas um "passeio fotográfico". Nele os alunos terão instrução personalizada e um roteiro de "fotos-exemplo" a fazer de modo a praticar e fixar os conceitos abordados na aula teórica.
5ª feira, 24/02 das 19h30 às 22h30 - aula teórica
- revisão de fotos;
- dúvidas;
- apresentação da macrofotografia.
O curso tem duração total de 12h entre teoria e prática e fornece certificado de conclusão. 

LOCALIZAÇÃO:
O curso será em São Paulo - SP.
Aulas teóricas (A):Sala de aula macrofotografia.com.br, Av. do Cursino, 3653 - São Paulo/SP
Aula prática (B): Jardim Botânico, Av. Miguel Stefano, 3031 - São Paulo/SP
Veja os locais no Google Maps
 
CUSTOS:
Como dito no primeiro parágrafo, esse é um curso no formato "pay-what-you-want" (pague quanto você quer) e não há um valor definido (mas também não significa que é um curso grátis ou promocional). No término do curso haverá uma caixa cofrinho onde você depositará quanto você acha que o curso valeu para seu aprendizado em fotografia.
Apesar de estarmos em um país onde a maioria se vangloria - em vez de se envergonhar - do jeitinho brasileiro, estou apostando no bom senso e honestidade das pessoas, principalmente se tratando de alunos que tem interesse em aprender sobre fotografia e com bom nível cultural.
Cabe às condições e consciência de cada um dar o valor que acha justo para o meu curso (e todos que fazem curso de fotografia tem noção de quanto custa um curso em São Paulo). Minha parte eu farei: dar um bom curso e garanto que você terá bons resultados! 

PRÉ-REQUISITOS:
Para esse curso é recomendável que o aluno tenha câmera fotográfica reflex (tipo que troca de lentes) ou compacta avançada que permita ajustes manuais de fotometria, ISO, White Balance etc. É recomendável também que possua flash (incorporado na câmera ou externo). 

INSCRIÇÕES:
Para mais informações e inscrições entre em contato pelo site www.macrofotografia.com.br informando seu nome completo, qual o seu equipamento fotográfico e suas expectativas para o curso.
As pré-inscrições já estão abertas e a turma será confirmada assim que tiver 6 alunos (e no máximo 12). Se você pretende participar me informe!