terça-feira, 22 de setembro de 2015

Conquistas em São Gonçalo de Sapucaí, sul de MG.

Eu, na conquista do primeiro grampo da via "Bruno Vader" (5º), com o Beto Vilela na segurança.


Fala pessoal,

Hoje vou escrever brevemente sobre minha viagem para São Gonçalo de Sapucaí, onde no feriado de 1 de maio tive a oportunidade de escalar por lá e abrir alguma coisa nova de escalada. Relato bem atrasado diga-se de passagem.


Para esse feriado havia inicialmente programado ficar em casa, mas tendo que desmarcar a escalada do fim de semana seguinte, por conta de compromissos em São Paulo decidi viajar até lá e escalar com os meus amigões Beto Vilela e Cynthia.

Como moro em Atibaia o local não é distante, sendo aproximadamente 190 quilômetros desde minha casa até onde ficaria hospedado (a casa dos pais do Beto, um local super gostoso cheio de pés de café e rochas!) decidi sair de Atibaia no dia 1º de maio pela manhã, chegando lá um pouco antes do almoço. Essa demora toda ocorreu porque eu acabei de perdendo depois que saí da Fernão Dias (ainda que o caminho fosse fácil). Isso me custou idas e vindas até conseguir chegar na casa dos pais do Beto.

Como acabei chegando tarde decidimos ficar por lá e almoçar e pela tarde o Beto me levaria então até a pequena falésia existente dentro do terreno de seu pai. Um falésia bastante bonita e bem grande, com um enorme potencial de vias esportivas e também de média e baixa dificuldade.

Por lá o Beto e a Cynthia já haviam abrido duas vias: a Lucas Skywalker (5ºsup) e a Caio Ben Kenobi (3º), sendo que assim que chegamos começamos a ver novas linhas e iniciamos a conquista da "Bruno Vader" (5º). Colocamos 4 chapeletas mais a parada, tendo o crux ficado logo na saída, num lance meio esticado onde é necessário que se domine um pequeno batente de regletes para costurar e subir. Como tínhamos ido já tarde, terminamos a conquista no final da tarde e assim retornamos para a casa dos pais do Beto para tomar uma cerveja e descansar.

No outro dia tínhamos até planejado escalar, mas acabamos seguindo em outro caminho: explorar.

O Beto tinha a indicação que em Heliodora (município muito próximo de onde a gente estava) havia um Pedrão (Pedrão de Heliodora) e a gente foi lá checar. De fato o Pedrão é grande, comparável em tamanho e qualidade à Pedra do Pântano, em Andradas e pasmem: somente duas vias de escalada, com paredes virgens e "fendadas" esperando uma primeira ascensão.

Ainda passamos em um outro ponto, chamado "Pedra do Gervásio", de granito bom, porém com trilha de acesso muito ruim. Eu e o Beto varamos mato pesado pra chegar na base, enfrentando hordas de "arranha-gato". As possibilidade são igualmente imensas, mas a parede mais vertical indica vias de maior grau de dificuldade. Essas duas explorações nos custaram praticamente o dia todo e pela noite já estávamos voltando pra cerveja, cachaça e boa comida!

Finalmente no domingo decidimos ir de volta à falésia a fim de abrir novas vias e começamos por um linha que achávamos que daria um sexto e deu bem mais. Passamos quatro horas abrindo uma via, que totalizou em torno de 30 metros e ficou com uma parte bem protegida e difícil (7b/c) e outra mais fácil e exposta (5º/5ºsup). Ao todo colocamos sete chapeletas, mais a parada.

Ainda deu tempo de escalar a Lucas Skywalker e seu belo diedro. Neste dia nos acompanharam os pais da Cynthia: gente finíssima!

Quando eram por volta das 19h45, já de banho tomado e alimentado pegava o carro de volta pra Atibaia, chegando em casa umas duas horas depois.

Foi uma viagem deliciosa por um local que não conhecia em nada. A companhia do Beto e da Cynthia, além dos pais de ambos também foi muito legal, já que eles são grandes amigos! Eu e a Simone ainda estamos no débito de ir pro Rio escalar com eles!

Sobre as conquistas valeu muito a pena! Essa é uma arte que quero desenvolver desde muito tempo e somente agora isso está tomando corpo! Que continue!

Sobre a região não há o que dizer sobre as possibilidades de abertura de vias: imensa. São diversas pedras espalhadas por lá, a grande maioria sem qualquer via de escalada. O local ainda por cima não é longe de sampa e de outros centros, dando em torno de 2h30 de sampa. Assim que o local estiver melhor desenvolvido tenho certeza que poderá vir a se tornar um centro de escalada de excelente nível, tendo as cidades de Heliodora e São Gonçalo de Sapucaí como bases.

É isso aí! Um grande abraço a todos e aqueles que tiverem dúvidas basta me contactar!


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