segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Retomada do Blog - Escaladas em La Ola, Los Gigantes e Arenales, na Argentina. (Parte 1)

Llamate el Silencio, F6b.

Caros amigos,

Depois de muuuito tempo sem postagens é hora de retomar o blog! São mais de 30 mil acessos ao site e mais de 40 mil vizualizações de página. Fico contente toda vez que encontro amigos que dizem que ao procurar informações na net sobre escalada e montanhismo chegam ao site!

Bom, muitas escaladas ocorreram desde 2011, por isso e para não perder tempo vou atualizar com as viagens mais importantes que eu fiz no período, sendo as seguintes:

2011 - Escalada em rocha em "La Ola", "Los Gigantes" e "Arenales". Argentina.
2012 - Trabalhos na Antartica, pelo Programa Antártico Brasileiro.
2012 - Tentativa de cume do Monte Aconcagua, pela rota normal. Argentina.
2013 - Escaladas em rocha no Cerro Catedral, refúgio "Frey". Argentina.
2013 - Participação o Grimpday (Copa do Mundo de salvamento por cordas), na Bélgica.
2013 - Escalada do Pik Lenin (7.134m), pela rota "Kovalev", no Quirguistão.

No ano de 2011, eu e o Tacio Philip estávamos muito interessados em escalar em rocha, experimentando cada vez mais as rochas internacionais e andinas. Havia muito tempo que escutávamos sobre a qualidade do granito de Arenales, vale encravado aos 2.800m de altitude algumas centenas de quilômetros ao sul de Mendoza, Argentina.

Na época, o Tacio deu uma idéia bastante legal que seria visitar um amigo (Alcides, que se tornaria um grande amigo meu) que morava em Carlos Paz, cidade próxima de Córdoba, de onde poderíamos escalar também em "Los Gigantes" e em "La Ola", dois centros de escalada e um resumo da escola cordobense de escalada.

Como a temporada de escalada na Argentina começa pra valer lá pra novembro, marcamos nossa viagem para o último dia de outubro com a intenção de escalar na região de Córdoba durantes uns 10 dias e depois partir para Arenales, onde focaríamos a escalada tradicional (em "La Ola" predomina a escalada esportiva e em "Los Gigantes" predomina a escalada esportiva e escalada de parede, chapeada).

Partimos assim no dia 31 de outubro do Brasil com destino à Córdoba, fazendo uma breve escala em Montevideo, sendo que pela noite o Alcides nos buscava no Aeroporto. No dia seguinte (01/11) ficamos em Carlos Paz, conhecendo um pouco da cidade, fomos também no Clube Andino Carlos Paz e compramos algumas coisas que precisávamos como comida e tudo mais.

O clima nessa época do ano é muito bom, ligeiramente frio, porém sem causar problemas para as escaladas. Também sem chuva.

Partimos então para Los Gigantes, onde após uma caminhada de alguma horas chegávamos no abrigo "Rafael Juarez", que seria nossa casa por 4 dias e três noites. Bons tempos, onde rolariam muitas escaladas e muitas garrafas de vinho.

Arrumando os equipos em casa.

Saindo de São Paulo.

 No aeroporto em Montevideo.

Conhecendo Carlos Paz. 

Aproveitamos para conhecer o Club Andino Carlos Paz. Pessoal sangue bom. 

Entrada do Parque Los Gigantes. 

Entrada de Los Gigantes. 

 Subindo para a parte alta do Parque.

 Eternos companheiros.


Nossa casa por algumas noites. 


Vinhos. Sempre presentes. 

 Cozinhando no refúgio Rafael Juarez.

No ponto mais alto do Parque. Eu, Alcides e Tacio. Cume do Mogote Grande (2.378m).

Ao longo do tempo que ficamos na parte alta do parque, pudemos escalar várias vias, priorizando as mais clássicas e as indicadas por amigos. Fizemos as seguintes vias (o asterisco indica as vias guiadas e o 'F' antes do grau indica que a graduação é a francesa):

Pedra do Gorila:
Empotrando Garrafas, F5; *
Sueños Rotos, F5+; *
Gente del Miércoles, F6a; * e
Sueñen Comigo, F6a. *

Cerro La Cruz:
Angel Negro, F6a+; *
Trabá el Triceps, F5+;
Stress, F6a+; * e
Espolón (1ª enfiada), F6a.

Bareta:
Que dicé Don Jose, F6a; * e
Que dicé Don Antonio, F6a. *

Mogote Grande (ponto mais alto do Parque, 2.378 m):
Normal. *

Valle Se Te Quiere I Í:
Ite, F6a; * e
Llamate el Silencio, F6b. *

La Lajita:
Final Femenina, F6a. *

Del Ocaso:
El Pesto, F6a; * e
Flash for Fantasy, F6a. *

Zuriaga:
Zepellin , F5+; e
Que Manaca, F5+.

A rocha lembrou muito a de Itatiaia, sendo bem abrasiva, com alguns regletes, batentes, buracos, enfim, tudo. O clima do local, espetacular. Como fomos no meio da semana o parque de Los Gigantes foi praticamente nosso, com exceção de um dia onde encontramos algumas pessoas no Morro da Cruz.

Escalando Empotrando Garrafas, F5.

Escalando Gente del Miércoles, F6a.

Escalando Angel Negro, F6a+.

Escalando Ite, F6a.

Llamate el Silencio, F6b.

Linda visão do Parque.

Registrando o CAP por lá.


Escalando Gente del Miércoles, F6a. Foto ampliada.

No dia 5 de novembro descíamos para Carlos Paz, onde ficamos no dia 6 e partimos para "La Ola" no dia 07 de novembro. "La Ola" é um point de escalada puramente esportivo, mais baixo que Los Gigantes e que uma rocha menos abrasiva e com regletes e agarras mais definidas. A pedra é o granito. Lá pudemos experimentar diversas vias, sendo que ficamos desta vez acampados em um camping gostoso e gramado, entre os dias 07 e 09, tendo eu escalado as seguintes vias:

La Ola:
Placas Sortidas 20, F5+; *
Placas Sortidas, 22, F5; * e
Placa de la Luna, F6a+. *

Ultimo Sol de Marzo:
Ninfoman, F6a+; *
Malavida, F6a+; *
Encuentro Cercano con 3 Tipos, F6a+; *
Estuproblema, F6a+; *
Garota Pertuba, F6a; * e
Masomacra Sexuales, F5+. *

Torres Gemelas:
Como Nene Con Juguete Nuevo, F6a; *
Merece Un Buen Nombre, F6a; *
Los Chivitos, F6b; *
Pan Casero, F6a+; *
Sem nome, F6a+; * e
Sem nome, F6b. *

Copina:
Variante del Arborito, F6a+; * e
Espólon Chico, F6a. *

Tempão, hein!

Na escalada da via "Ninfoman", F6a+.

Tacio e Alcides indo para a escalada.

Na via "Los Chivitos", F6b.

Depois de passar o crux da via "Los Chivitos", F6b.

Acampamento em La Ola, durante a noite. 

Voltando para Carlos Paz, com uma escala em Copina.

Na nossa volta (dia 09), aproveitamos para visitar um outro point chamado "Copina", bem simples e bem local, onde escalamos duas vias e depois retornamos de vez para Carlos Paz.

Chegando em Carlos Paz, descansamos um pouco, arrumamos as tralhas e fomos tomar uma cerveja, já que ninguém é de ferro. Partíamos para Mendoza no dia seguinte.

Continua no próximo relato.

Nenhum comentário: